sábado, 12 de julho de 2008

Bia entra para a história

Porto Alegre (nos EUA, mas entra) - A piloto brasileira Bia Figueiredo acaba de entrar para a história do automobilismo mundial. Bia venceu a décima etapa da Indy Lights, disputada no circuito de Nashville. Esta é a maior conquista de uma brasileira, segundo o Tazio, no automobilismo mundial.

A melhor colocação da brasileira na categoria foi o terceiro lugar, conquistados nas provas de Saint Petersburg, Iowa e Watkins Glen. Bia Figueiredo, aliás, vai seguindo os passos de Danica Patrick, que venceu a etapa de Motegi da Fórmula Indy. Ok, a americana entrou para a história por ter sido a primeira mulher a vencer uma prova em categorias Top, mas não é por ser uma de base que o desempenho da brasileira não merece elogios.

A expectativa é que Bia chegue na Fórmula Indy em 2010. Será que demora muito?

terça-feira, 8 de julho de 2008

Humilhação gaúcha

Porto Alegre (vergonhoso...) - Chega a ser deprimente o desempenho dos pilotos gaúchos na Copa Webmotors Pick-Up Racing. As três provas realizadas, até o momento, foram vencidas pelo mesmo piloto, o paulista Gustavo Sondermann. E os gaúchos - que nos sete anos de existência da categoria, antes desta passar para o chassi tubular, a dominaram -, não conseguem acompanhar o ritmo. Os que salvam o Estado são as duas novas promessas: Rafael Iserhard e Vitor Genz, quarto e quinto na tabela, com 30 e 28 pontos, respectivamente.

A cada etapa que passa, percebe-se que a gauchada não se adaptou ao novo chassi. O possível campeão de 2007 – o título ainda está sendo “disputado” na justiça desportiva com Marcel Wolfart – tem conquistado resultados que não condizem com o seu desempenho nos últimos anos, quando, em 2006, foi vice-campeão.

O piloto Carlos Kray disse, logo após a primeira prova, disputada em Interlagos, que os resultados positivos apareceriam com o tempo. Porém, faltou dizer quanto, porque, ao que parece, cada disputa colocará os gaúchos cada vez mais para baixo da tabela. O que, repito, é vergonhoso para um Estado que, nas temporadas anteriores à “Era Vicar”, estava sempre na frente.

domingo, 6 de julho de 2008

A decepção

Não sei se tu, leitor, sabes, mas eu tive uma carreira. Entre os anos de 1997 e 2002 eu fui piloto virtual de automobilismo. Competia de Grand Prix 2, Grand Prix 3, Nascar Racing 4, 2002 e 2003. Nunca fui um piloto espetacular, mas tinha aqueles dias em que me superava, tipo o Heikki Kovalainen no sábado, quando conquistou a pole-position para o Grande Prêmio de Silverstone, disputado nesse domingo.

Não lembro com exatidão, mas acho que foi em 2001. Estava ingressando na carreira de piloto de circuitos ovais, com o jogo Nascar 4. O meu carro era um belo modelo Pontiac, nas cores preta e amarela, da equipe que eu tinha em parceria com o meu amigo Eduardo Tomedi. O campeonato era o Super Speedway Challenge. Uma coisa bacana, mesmo sendo disputado em apenas duas provas.

A primeira foi em Daytona. Marquei a pole-position e, na hora da corrida, fiz uma largada muito boa – modéstia, lógico, à parte. Os meus adversários não descolavam de mim, mas também não conseguiam colocar o carro de lado comigo. Eu estava muito rápido, imprimindo sempre um ritmo forte.

O problema é que, se tratando de computador, a gente tem que fazer algumas estratégias. Assim como a Ferrari, que não trocou os pneus do Kimi Raikkonen e do Felipe Massa no primeiro pit-stop da prova inglesa da Fórmula 1 – contribuindo para as rodadas deles o tempo todo e, praticamente, acabando com a chance de vitória do finlandês – eu fiz uma tremenda cagada: não desliguei o anti-virus.

O que aconteceu? Ora, simples. No meio da corrida, o jogo sai e volta para a área de trabalho do computador. O anti-virus ali, tentando achar alguma coisa e acabando com a minha corrida. Consegui colocar o jogo de volta, mas meu carro estava rodando, todo desgovernado, sem pneus, pois já estavam estourados, provocando meu abandono, porque fiquei parado na grama só com as rodas – sem os pneus.

Fiquei desesperado. Minha primeira chance de vitória em uma competição – virtual – de automobilismo e um anti-virus desgraçado acaba com ela. Saí da sala todo irritado, tal qual o Nelson Piquet após 32 voltas, quando, no meio do aguaceiro, aquaplanou, rodou, foi pra grama e de lá não saiu. Justo quando estava em quarto lugar. Justo quando estava fazendo sua melhor prova do campeonato até o momento. Justo quando ia calar mais a boca dos críticos – inclusive eu.

Automobilismo é assim, mesmo. Como diria o melhor piloto de Fórmula 1 do mundo – na minha opinião -, Juan Manuel Fangio, “carreras son carreras”. Ou seja, merdas acontecem e a gente tem que conviver com elas. Na próxima a gente acerta – ou não.

Espetacular

Porto Alegre (contra todos os prognósticos) - Espetacular. Se tem um adjetivo que possa ser aplicado na corrida de hoje da Fórmula 1, disputada em Silverstone, é "espetacular". Primeiro, porque adoro corrida com chuva. Segundo, porque o resultado foi, novamente, espetacular.

A chuva é sempre um ingrediente a mais nas corridas. Porque é com pista molhada que a gente vê quem tem mais habilidade, tanto para guiar quanto para acertar o carro. Não é para qualquer um. Tanto é que o resultado foi, digamos, inesperado. Lewis Hamilton na ponta - até aí, tudo bem -, com Nick Heidfeld em segundo - é, digamos que, normal - e, em terceiro, Rubens Barrichello, que conseguiu levar sua Tartahonda de forma surpreendente.

E, para mim, Rubens Barrichello foi o nome da corrida. Desde a corrida de Indianápolis em 2005 que o brasileiro não conseguia um pódio. Hoje, na molhaçada de Silverstone, mostrou porque eu considero ele um dos melhores pilotos da Fórmula 1 - melhor, até, que Massa, que fez o favor de rodar, pelo menos, cinco vezes.

Ok, metade desse resultado surpreendente é mérito de Ross Brawn que, em 2000, na pista de Hockenheim, ajudou Barrichello a conquistar sua primeira vitória na categoria máxima do automobilismo. Se não fosse o carro, o brasileiro poderia ter conseguido uma vitória - mas nem tudo são flores, né?

Aliás, outro brasileiro que merece destaque deste desconhecido blogueiro é Nelsinho Piquet. Mostrou que o resultado da França foi muito bom para o seu ânimo, pois guiou muito bem, chegando a estar em quarto. Entretanto, rodou e parou na brita. Mas a culpa não é do guri. Ele não tinha mais o que fazer. Colocou a roda na água, aquaplanou, e foi pra brita. Uma pena. Uns pontinhos a mais melhoraria ainda mais sua situação.

Posso dizer com toda a certeza: hoje valeu a pena acordar cedo para ver essa corrida. Sensacional. Espero que chova mais vezes nessa temporada.