domingo, 16 de março de 2008

Um viva à "Fórmula 1 mais humana"

Porto Alegre (No trabalho, sofrendo com o calor) - Um viva, só? Não! Vamos dar três vivas ao que Felipe Massa chamou de "Fórmula 1 mais humana", segundo Galvão Bueno falou durante umas quatro ou cinco vezes durante a transmissão da categoria nessa madrugada. Para os meus leitores imaginários que ainda não entenderam, o brasileiro da Ferrari disse isso após a FIA proibir o uso do controle de tração nesta temporada. O resultado? Lógico: um festival de pancadaria.

Ao contrário das demais corridas - principalmente as do ano passado -, nessa eu não dormi. Consegui ficar até o final de olhos abertos, mesmo com o Lewis Hamilton, da McLaren, dar uma lavada na prova, fazendo a barba e o cabelo, pois o bigode ficou com o finlandês também da equipe britânica, Heikki Kovalainen - que concluiu a prova na quinta posição. O segundo foi Nick Heidfeld, da BMW, e o terceiro Nico Rosberg, da Williams.

Muitas ultrapassagen, muitas barbeiragens, muitos safety-car - três, ao todo - e muitas, mas muitas, lambanças. A primeira veio de Massa. Na segunda perna da primeira curva na primeira volta - ou seja, logo após a largada - não conseguiu segurar o carro e bateu de leve na mureta de proteção. Com o erro, caiu da quarta para a décima sétima e última posição após trocar o bico.

Entretanto, após uma tentativa de recuperação, Massa e David Coulthard, da Red Bull, enroscaram-se, quando o escocês fechou o brasileiro. O terceiro colocado no ano passado abandonou a prova algumas voltas depois. A Ferrari alegou um "problema no motor". O campeão Kimi Raikkonen também fez lambanças e abandonou a três voltas do fim, com problemas no carro.

Nelsinho Piquet também fez uma corrida apagada. Largou na penúltima posição devido a problemas no câmbio. Na prova, apesar de uma boa largada, não conseguiu manter o ritmo e, aos poucos, perdeu posições. Abandonou a prova na mesma hora que Massa, com o problema advinha no quê? Uma chance, pois já foi dito aí no parágrafo anterior.

Quem desencantou foi Rubens Barrichello, da Honda. Quando todos imaginavam que ele seria o único a não fazer nada de útil, mostrou que a idade - também conhecida como "experiência" - faz a diferença. Não cometeu erros com a falta de controle de tração e terminaria em uma ótima sexta posição com um carro horrível.

O uso do termo "terminaria" está correto, porque uma falha de Ross Brawn acabou com tudo. No último safety-car, Barrichello foi chamado aos boxes quando não podia, atropelou o cara do reabastecimento - o mecânico do pirulito disse para o brasileiro arrancar quando não devia - e, ainda por cima, saiu dos boxes com a luz vermelha acesa. Terminou em sexto, mas não pontuou. E essa é a décima oitava corrida de Barrichello sem pontuar.

O destaque da prova vai para Sebastien Bourdais, que chegou a ficar em quarto quando o motor Ferrari de seu Toro Rosso estourou. Terminou em oitavo, marcando um pontinho em sua estréia. Esse aí vai dar trabalho.

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