sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Mudança

Faz tempo que não apareço por aqui. Enfim, a quem acessa esse blog e não vê novidade nunca, é claro que não vai ver nada. Mudei para o www.cockpitgaucho.com.br e esqueci de avisar.

Obrigado.

sábado, 12 de julho de 2008

Bia entra para a história

Porto Alegre (nos EUA, mas entra) - A piloto brasileira Bia Figueiredo acaba de entrar para a história do automobilismo mundial. Bia venceu a décima etapa da Indy Lights, disputada no circuito de Nashville. Esta é a maior conquista de uma brasileira, segundo o Tazio, no automobilismo mundial.

A melhor colocação da brasileira na categoria foi o terceiro lugar, conquistados nas provas de Saint Petersburg, Iowa e Watkins Glen. Bia Figueiredo, aliás, vai seguindo os passos de Danica Patrick, que venceu a etapa de Motegi da Fórmula Indy. Ok, a americana entrou para a história por ter sido a primeira mulher a vencer uma prova em categorias Top, mas não é por ser uma de base que o desempenho da brasileira não merece elogios.

A expectativa é que Bia chegue na Fórmula Indy em 2010. Será que demora muito?

terça-feira, 8 de julho de 2008

Humilhação gaúcha

Porto Alegre (vergonhoso...) - Chega a ser deprimente o desempenho dos pilotos gaúchos na Copa Webmotors Pick-Up Racing. As três provas realizadas, até o momento, foram vencidas pelo mesmo piloto, o paulista Gustavo Sondermann. E os gaúchos - que nos sete anos de existência da categoria, antes desta passar para o chassi tubular, a dominaram -, não conseguem acompanhar o ritmo. Os que salvam o Estado são as duas novas promessas: Rafael Iserhard e Vitor Genz, quarto e quinto na tabela, com 30 e 28 pontos, respectivamente.

A cada etapa que passa, percebe-se que a gauchada não se adaptou ao novo chassi. O possível campeão de 2007 – o título ainda está sendo “disputado” na justiça desportiva com Marcel Wolfart – tem conquistado resultados que não condizem com o seu desempenho nos últimos anos, quando, em 2006, foi vice-campeão.

O piloto Carlos Kray disse, logo após a primeira prova, disputada em Interlagos, que os resultados positivos apareceriam com o tempo. Porém, faltou dizer quanto, porque, ao que parece, cada disputa colocará os gaúchos cada vez mais para baixo da tabela. O que, repito, é vergonhoso para um Estado que, nas temporadas anteriores à “Era Vicar”, estava sempre na frente.

domingo, 6 de julho de 2008

A decepção

Não sei se tu, leitor, sabes, mas eu tive uma carreira. Entre os anos de 1997 e 2002 eu fui piloto virtual de automobilismo. Competia de Grand Prix 2, Grand Prix 3, Nascar Racing 4, 2002 e 2003. Nunca fui um piloto espetacular, mas tinha aqueles dias em que me superava, tipo o Heikki Kovalainen no sábado, quando conquistou a pole-position para o Grande Prêmio de Silverstone, disputado nesse domingo.

Não lembro com exatidão, mas acho que foi em 2001. Estava ingressando na carreira de piloto de circuitos ovais, com o jogo Nascar 4. O meu carro era um belo modelo Pontiac, nas cores preta e amarela, da equipe que eu tinha em parceria com o meu amigo Eduardo Tomedi. O campeonato era o Super Speedway Challenge. Uma coisa bacana, mesmo sendo disputado em apenas duas provas.

A primeira foi em Daytona. Marquei a pole-position e, na hora da corrida, fiz uma largada muito boa – modéstia, lógico, à parte. Os meus adversários não descolavam de mim, mas também não conseguiam colocar o carro de lado comigo. Eu estava muito rápido, imprimindo sempre um ritmo forte.

O problema é que, se tratando de computador, a gente tem que fazer algumas estratégias. Assim como a Ferrari, que não trocou os pneus do Kimi Raikkonen e do Felipe Massa no primeiro pit-stop da prova inglesa da Fórmula 1 – contribuindo para as rodadas deles o tempo todo e, praticamente, acabando com a chance de vitória do finlandês – eu fiz uma tremenda cagada: não desliguei o anti-virus.

O que aconteceu? Ora, simples. No meio da corrida, o jogo sai e volta para a área de trabalho do computador. O anti-virus ali, tentando achar alguma coisa e acabando com a minha corrida. Consegui colocar o jogo de volta, mas meu carro estava rodando, todo desgovernado, sem pneus, pois já estavam estourados, provocando meu abandono, porque fiquei parado na grama só com as rodas – sem os pneus.

Fiquei desesperado. Minha primeira chance de vitória em uma competição – virtual – de automobilismo e um anti-virus desgraçado acaba com ela. Saí da sala todo irritado, tal qual o Nelson Piquet após 32 voltas, quando, no meio do aguaceiro, aquaplanou, rodou, foi pra grama e de lá não saiu. Justo quando estava em quarto lugar. Justo quando estava fazendo sua melhor prova do campeonato até o momento. Justo quando ia calar mais a boca dos críticos – inclusive eu.

Automobilismo é assim, mesmo. Como diria o melhor piloto de Fórmula 1 do mundo – na minha opinião -, Juan Manuel Fangio, “carreras son carreras”. Ou seja, merdas acontecem e a gente tem que conviver com elas. Na próxima a gente acerta – ou não.

Espetacular

Porto Alegre (contra todos os prognósticos) - Espetacular. Se tem um adjetivo que possa ser aplicado na corrida de hoje da Fórmula 1, disputada em Silverstone, é "espetacular". Primeiro, porque adoro corrida com chuva. Segundo, porque o resultado foi, novamente, espetacular.

A chuva é sempre um ingrediente a mais nas corridas. Porque é com pista molhada que a gente vê quem tem mais habilidade, tanto para guiar quanto para acertar o carro. Não é para qualquer um. Tanto é que o resultado foi, digamos, inesperado. Lewis Hamilton na ponta - até aí, tudo bem -, com Nick Heidfeld em segundo - é, digamos que, normal - e, em terceiro, Rubens Barrichello, que conseguiu levar sua Tartahonda de forma surpreendente.

E, para mim, Rubens Barrichello foi o nome da corrida. Desde a corrida de Indianápolis em 2005 que o brasileiro não conseguia um pódio. Hoje, na molhaçada de Silverstone, mostrou porque eu considero ele um dos melhores pilotos da Fórmula 1 - melhor, até, que Massa, que fez o favor de rodar, pelo menos, cinco vezes.

Ok, metade desse resultado surpreendente é mérito de Ross Brawn que, em 2000, na pista de Hockenheim, ajudou Barrichello a conquistar sua primeira vitória na categoria máxima do automobilismo. Se não fosse o carro, o brasileiro poderia ter conseguido uma vitória - mas nem tudo são flores, né?

Aliás, outro brasileiro que merece destaque deste desconhecido blogueiro é Nelsinho Piquet. Mostrou que o resultado da França foi muito bom para o seu ânimo, pois guiou muito bem, chegando a estar em quarto. Entretanto, rodou e parou na brita. Mas a culpa não é do guri. Ele não tinha mais o que fazer. Colocou a roda na água, aquaplanou, e foi pra brita. Uma pena. Uns pontinhos a mais melhoraria ainda mais sua situação.

Posso dizer com toda a certeza: hoje valeu a pena acordar cedo para ver essa corrida. Sensacional. Espero que chova mais vezes nessa temporada.

sábado, 14 de junho de 2008

Arrancada no Velopark

Porto Alegre (tardo quase sempre) - Tardo, mas não falho. Nesse fim-de-semana, o Velopark realiza a primeira etapa do Campeonato de Arrancada. Serão 16 categorias competindo pelo caneco. A categoria que promete dar o maior brilho é a de Dragster. Esse carrinho aí da foto que tem um pára-quedas para poder fazê-lo frear, pois chega a 300km/h em uma distância de 402m.

E como não só de homem vive o automobilismo, o público poderá ver o desempenho de Maria Cristina Rosito, que encara esse novo bichinho em sua vitoriosa carreira. Pela foto, parece que ela tá gostando da coisa.

domingo, 8 de junho de 2008

Domínio paulista

Porto Alegre (Mônaco brasileiro) - Se na Copa Genéricos de Stock Car o título está encaminhado para a equipe Medley/A. Mattheis e sua filial - a Medley/WA. Mattheis -, na Pick-Up Racing, ao que parece, o título já tem dono.

O que se viu no complexo Mega Space nesse domingo, que recebeu pela primeira vez a categoria picapeira, foi um amplo domínio dos pilotos Gustavo Sondermann e Paulo Salustiano - primeiro e segundo, respectivamente, na corrida e na tabela de classificação.

Isso se deve ao fato de, principalmente, estarem acostumados com os chassis tubulares. Porém, o que se vê é uma adaptação cada vez maior dos ex-picapeiros das antigas - tanto que um deles, Carlos Kray, ressaltou que a diferença de tempos entre a primeira e a segunda etapa foram muito menores.

Agora é esperar para ver se esse domínio continuará.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Pega de caminhões

Porto Alegre (... do que nunca) - Não sei se já disse, mas não sou um grande fã de arrancadas. Também não sou um grande fã de caminhões competindo - sim, a Fórmula Truck, pra mim, não é aquela maravilha que muitos defendem. Mas tenho que admitir: o Arrancadão Gaúcho de Caminhões é legal.

A categoria Força Livre, que têm caminhões que dificilmente saem para rua para fazer o trabalho dos caminhoneiros, é a melhor de todas. A fumaceira que sai da surdina é viciante - por várias vezes fiquei no meio da fumaça e parecia que, cada vez, eu ficava entorpecido.

O que se viu foi um bom show de velocidade na reta de Guaporé, que contou com 45 caminhões competindo em cinco categorias. Destas, os catarinenses dominaram em três e os gaúchos em duas.

Era de se esperar: os catarinenses estão acostumados com esse tipo de competição, já que há seis participam do Arrancadão de Arrodio do Silva, lá naquele Estado. Os gaúchos estão há apenas dois nessa modalidade, mas já mostra um crescimento de habilidade.

Prova disso é o canoense Roger Zabot, campeão gaúcho do ano passado - na foto, o com a baita bandeira gaúcha estampada no caminhão da esquerda -, que não fez feio. Conquistou a terceira posição na categoria Força Livre, ficando atrás de dois catarinenses no Pódio - Charles da Silva, de Lages, e Álvaro Gral, de Chapecó.

Como bem disse Silva, em breve os caminhoneiros gaúchos estarão dando trabalho.

Equilíbrio

Porto Alegre (antes tarde...) - As quase seis mil pessoas que foram a Guaporé no domingo passado viram um show de velocidade no Campeonato Gaúcho de Marcas e Pilotos. O equilíbrio foi a marca registrada da prova, que teve como vencedor geral o piloto de Gravataí, Analino Sirtuli.

Nas seis etapas realizadas até o momento, foram cinco vencedores diferentes: Luiz Clemente Moroni, Luiz Ribeiro, José "Penta" Araújo, Analino Sirtuli e Fabiano Cardoso. O último da lista, porém, foi o único que venceu duas baterias nessa temporada: a segunda da etapa de abertura da temporada e a primeira da terceira etapa.

E como foram as provas? Bem, "disputadas" é um termo muito leve. Os pilotos mostraram que correm com as facas nos dentes, apesar de muito defenderem a regularidade. Prova disso são as segundas baterias de cada etapa, em que os pilotos partem pra peleia e dane-se a lataria do carro. E essa disposição brinda o público, que vê uma corrida cheia de pegas e com muitas ultrapassagens.

Não é à toa que, segundo a Associação de Pilotos e Preparadores de Automobilismo (APPA/RS), o presidente da FGA e do Conselho Técnico e Desportivo da CBA, Nestor Valduga, tentará implantar o regulamento do Marcas e Pilotos na categoria nacional, que tem um grid minguado e com poucas disputas.

A próxima etapa ocorre no dia 20 de julho, em Tarumã.

domingo, 25 de maio de 2008

Geração "Controle de Tração"

Porto Alegre (e como reclamam) - Quando soube que a Fórmula 1 aboliria o controle de tração nesse ano eu fiquei felizão. É sério. Odeio controle de tração. Quanto mais "desenvolvido" o carro, mais cagões são os pilotos.

Durante todo o início da temporada, algumas declarações de pilotos corroboraram a minha tese, como as feitas antes da segunda etapa, na Malásia, onde a possibilidade de chuva era grande. O primeiro deles foi Fernando Alonso, da Renault, que disse "Agora quando você erra a freada o carro perde a estabilidade e é difícil recuperar. Não quero ver como será com chuva...". O brasileiro Felipe Massa concordou: "O que me preocupa numa corrida molhada é a aquaplanagem".

Ora, segurança nas pistas todos nós queremos. Ninguém gosta de ver piloto saindo da prova, coisa e tal, mas, convenhamos: durante muitos anos os pilotos não usaram controle de tração e, nem por isso, foi um bicho de sete cabeças. É muito fácil sentar num carro, acelerar e a eletrônica fazer tudo para ti. Agora, saber dosar a hora de tracionar é coisa pra poucos: e a corrida de Mônaco, hoje, mostrou isso.

Esses pilotos de Fórmula 1 hoje estão muito cagões. Ano que vem pode ser abolido, também, o cobertor que ajuda a aquecer os pneus antes de serem engatados nos carros. Tem muita gente contra, achando que isso vai ser perigoso, coisa e tal. Quer facilidade? Vai correr de simulador, então, que quando bater é só dar um reinício e pronto.

Não gosto de oval, mas por essas e algumas outras razões é que prefiro ver a Fórmula Indy do que a Fórmula 1.

Em Mônaco, dá Hamilton

Porto Alegre (antes tarde do que nunca) - O inglês Lewis Hamilton venceu a etapa de Mônaco, realizada neste domingo. Segundo Hamilton, esta poderia ter sido a segunda vitória, se a McLaren - ainda de acordo com ele - não tivesse privilegiado o então companheiro de equipe Fernando Alonso - campeão da prova em 2007.

A prova teve, no momento inicial, um Felipe Massa seguro de si, abrindo vantagem, coisa e tal, até rodar instantes antes de ir para o pitstop, sendo ultrapassado por Robert Kubica, da BMW. O brasileiro vinha em bom ritmo até a pista secar e, com isso, seu carro perder rendimento.

Outro brasileiro que se deu bem na prova foi Rubens Barrichello, da Honda, que após 22 corridas conseguiu marcar pontinhos. Chegou em sexto e levou dois para a equipe nipônica. Já Nelsinho Piquet, mais uma vez, não marcou pontos, mas a culpa, dessa vez, é da equipe Renault: colocou pneus para piso seco enquanto estava úmido. Aí nem Michael Schumacher, nem Ayrton Senna, muito menos Nelson Piquet, conseguiriam fazer cois alguma.

Decepção

A decepção da prova, por assim dizer, foi Kimi Raikkonen. O campeão do mundo de 2007 com a Ferrari não conseguiu se acertar na prova. Aliás, a única coisa que o finlandês acertou foi o alemão Adrian Sutil. Com uma Force India, Sutil estava na quarta colocação quando sentiu uma porrada na traseira - sem trocadilhos -, foi aos boxes mas teve de abandonar. O que aconteceu? Ora, Kimi Raikkonen perdeu o controle do carro - essa falta de controle de tração, viu? - e, cabuft. Só que o campeão continuou na pista e chegou em nono, enquanto o alemão saiu da prova e chorando.

Com o resultado, Lewis Hamilton assumiu a liderança com 38 pontos, três a frente de Raikkonen e quatro de Massa. Kubica é o quarto, com 32. A próxima corrida é no Canadá, dia 8 de junho, mesmo dia que tem a segunda etapa da Pick-Up Racing.

Bate nele, Danica

Porto Alegre (e com força) - Ok, tu podes ser daqueles simpatizantes ao ditado "violência só gera violência", mas tenho quase certeza de que concordarás comigo. Imagina-te na seguinte situação: estás na sexta posição de uma corrida cobiçada por muitos pilotos; no último pit-stop o teu adversário toca no teu carro, quebrando a suspensão traseira direita e, com isso, tirando-te da prova. O que fazes? Isso mesmo.

Danica Patrick, da Andretti-Green, estava nesta situação. Fez uma corrida boa, ganhava posições aqui e ali - para perder no pit-stop - e, no finalzinho, viu o Ryan Briscoe, da Penske, detonar a corrida - dela e dele.

Confesso que pensei que a piloto-modelo incorporaria o Nelson Piquet e daria uns sopapos no adversário. Não fui o único, pois o público também queria a mesma coisa. Mas não deu. O segurança mala pressionou a donzela que acabou recuando. Mas que daria umas porradas nele, ah, daria.

Resultado

As 500 Milhas de Indianápolis foi legal. Mais movimentada, lógico, que a Fórmula 1, mas com alguns momentos chatos. Porém, Vitor Meira mostrou que merece respeito porque, mesmo com uma equipe que está voltando à elite, liderou e quase venceu. Só não venceu porque, na última parada para reabastecimento, a equipe foi milésimos mais lenta que a do Scott Dixon.

Aliás, o neozelandês e a Chip Ganassi foram os vitoriosos, conquistando o troféu dessa que é considerada uma das mais cobiçadas corridas do mundo. Vitor Meira chegou em segundo, seguido de perto de Marco Andretti, da Andretti-Green.

Brasileiros

Os outros brasileiros até que foram bem. Tony Kanaan, um dos favoritos, abandonou após ser ultrapassado - segundo ele, de forma estúpida e forçada - por Marco Andretti na curva 2. O baiano foi para a parte suja da pista, rodou e acabou chocando com Sarah Fisher, que nada tinha a ver com o enrosco anterior.

Helio Castro Neves, da Penske, bem que tentou, mas chegou na quarta colocação, enquanto que Enrique Bernoldi - ele mesmo, o ex-F1 - chegou na décima quinta posição. Mário Moraes, de apenas 19 anos, foi um dos últimos colocados, mas completou a prova e ganhou alguns milhares de dólares. Jaime Câmara abandonou após um choque e Bruno Junqueira fez uma corridinha medíocre.

domingo, 18 de maio de 2008

Mattheis leva mais uma

Porto Alegre ("Esquadra azul"?) - Esta temporada, ao que parece, será de Andreas Mattheis. Na terceira etapa da Copa Genéricos de Stock Car, a equipe conquistou a terceira vitória do ano - a segunda consecutiva de Ricardo Maurício e seu Peugeot. O grande detalhe é que a "Esquadra Azul" - título dado pela Globo - conquistou as três primeiras posições, com Marcos Gomes e Valdeno Britto - ambos com um Chevrolet - na segunda e na terceira, respectivamente.

A corrida foi tranqüila. Nada demais, segundo a posição deste que vos escreve. Valdeno Britto largou na pole, mas como o carro não era bom de reta, logo deu espaço para Marcos Gomes voltas depois. No início da prova um pequeno enrosco: Valdeno e Allan Khodair disputavam liderança quando o decendente de libanês, que estava por fora, tentou fazer a tangente e tocou no carro adversário e rodou, dando adeus à possibilidade de vitória.

O dia era de Ricardo Maurício, mesmo. Largou na quinta posição e ganhou de presente a corrida, após o então líder e "companheiro de equipe" - já que Mattheis tem quatro carros divididos em dois grupos - Marcos Gomes dar uma leve escapadinha ao passar por óleo na pista.

Quem fez uma ótima prova foi Átila Abreu, terminando na quarta posição. O sorocabano andou forte durante todo o fim-de-semana e não fez feio nessa etapa. É um grande nome para uma vitória - assim como Valdeno Britto.

A furada da corrida foi o ex-F1 Antônio Pizzonia. Recebeu punição, mas não entrou nos boxes e foi desclassificado. Esse pessoal que vem da Fórmula 1 pensa que é o quê, hein? Imune?

Com o resultado, Marcos Gomes segue na liderança, com 65 pontos, um a mais que o vice-líder, Ricardo Maurício, que tem 64. Em terceiro aparece Thiago Camilo, com 42 pontos.

Não quero dar uma de profeta, mas acredito que já temos, pelo menos, o chefe de equipe campeão esse ano: Andreas Mattheis - o Ross Brawn brasileiro.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Cravo dentro do sagu

Porto Alegre (sobremesa de vez em quando é bom) - Com toda a certeza, deves saber o que é sagu. Caso não saibas, por favor, tira a preguiça do corpo e te informa clicando aqui. Para dar um sabor a mais, as cozinheiras colocam outros igredientes, como cravo e canela.

Normalmente, sagu também é uma denominação para ambientes dominados por homens. Afinal, essa sobremesa é conhecida por ter um monte de bolinhas roxas - em alusão aquela bolsinha que todos nós, homens, temos e que guardam a sementinha que faz brotar nas mulheres um novo ser, também conhecido como "prole" - e tanto o futebol como o automobilismo configuram um "saguzão", pois a maioria dos praticantes é homem.

Tá, e o que tem a ver cravo com sagu? Ora bolas - sem trocadilhos -, é só procurar informações que entenderás: a gatinha Fernanda Parra é a nova competidora da categoria, tornando-a mais atraente

A piloto que, para a desgraça de muitos, namora o piloto Ruben Carrapatoso, garante que já tinha a idéia de competir na categoria. O empurrãozinho para que, finalmente, alegrasse a vida do pessoal é a inclusão no calendário da Copa Genéricos de Stock Car. "A idéia surgiu já desde o ano passado, eu queria ir, é uma categoria nova, com transmissão em todas as corridas", disse a ex-piloto da Copa Vicar.

Fernanda disse, ainda, que acredita em uma temporada tranqüila. Não é por menos, ela tem experiência nesse tipo de carro - competiu por bastante tempo na Light, hoje conhecida como Vicar. Posso dizer que vai ser bom: chega de ver piloto véio no pódio.

***


P.s.: A Fernanda que se cuide. Assim como tem carros que deixam vazar óleo, agora ela corre o risco de rodar, também, em poças de baba. Vai ser bonita assim lá na minha casa.

Corrida sem chuva nesse sábado

Porto Alegre (sexta-feira é dia de vadiagem malemolente) - É amanhã e não se fala mais nisso. O autódromo de Tarumã receberá a segunda etapa do Campeonato Gaúcho de Marcas e Pilotos. De acordo com o site Clima Tempo, a previsão para amanhã é de sol, com nevoeiro pela manhã, sem possibilidade de chuva. Ou seja, nada de piloto de açúcar que vá se dissolver.

A corrida promete ser competitiva, afinal, são seis montadoras na categoria, totalizando 11 modelos. A que tem mais pilotos é a Chevrolet, com 16 carros - 11 Corsa e 5 Celta -, seguida pela Volkswagen - sete Gol -, pela Fiat - seis Uno - e, lá no final da fila, a Renault - um Clio. Existe a possibilidade de Ford - Fiesta e Ka - e Peugeot - modelo 206 - competirem também.

A previsão da organização é de que o grid mantenha o número de carros da primeira etapa, disputada no dia 6 de abril no autódromo localizado em Viamão. Na ocasião, 30 modelos estavam inscritos.

domingo, 4 de maio de 2008

Resultados distintos para gaúchos

Porto Alegre (o frio tá cada vez maior) - Dois gaúchos, duas categorias nacionais e dois resultados diferentes. O piloto Juliano Moro, da equipe Hot Car, chegou em 15º na segunda etapa da Copa Genéricos de Stock Car, realizada em Brasília nesse domingão. Outro da terrinha, Régis Boéssio, conseguiu, finalmente, terminar uma prova da Fórmula Truck, colocando seu Volvo na décima quarta colocação.

Sim, se uma comparação leiga for feita, Boéssio chegou "à frente" de Moro, porém, como os campeonatos são diferentes, as pontuações também são. Ao concluir na décima quinta colocação, Moro marcou seu primeiro pontinho na temporada e está na vigésima posição, ao lado de Antônio Pizzonia. Régis Boéssio já não pontuou, mas isso é o de menos. Pelo menos concluiu uma prova. Está de bom tamanho.

Giaffone vence em Caruaru

Porto Alegre (não vi então...) - Abstenho-me de comentar como foi a prova. Só para não deixar em branco: Felipe Giaffone vence em Caruaru aquela que configura a terceira etapa da Fórmula Truck. Para saber mais da prova, clica aqui.

Ricardo Maurício vence a primeira da Peugeot

Porto Alegre (hoje não tem dilúvio) - O piloto Ricardo Maurício, da WA Mattheis, venceu a segunda etapa da Copa Genéricos de Stock Car. A corrida foi marcada pelo passeio que Ricardinho fez, não perdendo a ponta um só minuto. O evento só não foi sem graça em virtude de algumas orradinhas que ocorreram, mas nada de muito "oh".

Por mais que ultrapassagens tenham sido constantes no início da prova, não dá para se dizer que foi emocionante. Não tem graça ver um cara sair em primeiro e não ser ameaçado. Em segundo chegou Marcos Gomes, o vencedor da primeira etapa, após, mais uma vez, uma baita estratégia de Andreas Mattheis na hora do reabastecimento.

Aliás, o fator determinante para as provas tem sido essa coisa chamada "reabastecimento". Os pilotos têm que entrar nos boxes e colocar, sem necessidade alguma, dez litros de combustível para continuar na prova. Marcos Gomes, mais uma vez, foi beneficiado por essa regrinha, já que na etapa de abertura da temporada ele saiu da quarta para a primeira posição. Não que o cara seja ruim, mas quem acaba sendo o nome da corrida é o estrategista.

Que diga Thiago Camilo. Estava em segundo, mas, na entrada do Safety Car pouco depois de a janela de reabastecimento ser aberta, ficou na pista enquanto o líder entrou. Foi para os boxes uma volta depois e voltou lá atrás. Se não tivesse essa regra, com certeza o resultado seria outro.

Essa foi a primeira vitória da Peugeot na categoria, o gaúcho Juliano Moro chegou em 15º e o bicampeão da categoria, Cacá Bueno, abandonou a prova por quebra na suspensão - saindo do carro chutando tudo e mandando o público tomar naquele lugar, só porque estavam vaiando.

sábado, 3 de maio de 2008

Corrida de Genéricos nesse domingo

Porto Alegre (chove, chuva...) - O domingo promete ser bastante movimentado. Enquanto o site Clima Tempo prevê um domingo chuvoso em Viamão, quando ocorre a segunda etapa do Campeonato Gaúcho de Marcas e Pilotos, em Brasília tem tudo para ser uma corrida boa. A previsão é de sol com algumas nuvens.

Não sabes porque falei de Brasília? Ora, simplesmente porque ocorre, na capital federal, a segunda etapa da Copa Genéricos de Stock Car. Os 34 pilotos vão competir no anel externo do Autódromo Nelson Piquet, já que o traçado misto, segundo a organização, não está em condições de receber corridas. Uma pena, porque anel externo sem inclinação alguma não é atraente.

O que mais chama a atenção, também, é a insistência na realização da prova do Um Milhão, que ocorrerá no inexistente circuito de Jacarepaguá. Além de não ter circuito, com o que será que os pilotos serão pagos? Um milhão de genéricos? Haja farmácia...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Divisão no Gaúcho de Marcas

Porto Alegre (ô frio chato pra cacete...) - Nem bem começou a temporada e o Campeonato Gaúcho de Marcas e Pilotos já começa a dividir a opinião dos pilotos. Tudo devido a mudanças no regulamento que, segundo a organização do evento, busca dar maior equilíbrio à competição. O novo texto permite mudanças nas bolas, no câmbio, no diferencial e na taxa de compressão dos carros produzidos pela Volkswagen.

O problema está justamente aí. Alguns pilotos, como Luis Clemente Moroni e Fabiano Cardoso - líder da tabela de classificação e vencedor da primeira etapa, respectivamente - consideraram as mudanças injustas.

Moroni vê que a linha Gol está sendo privilegiada. "O Gol já tem o motor mais forte do campeonato e, se os preparadores souberem trabalhar nele, o carro será praticamente imbatível". O canoense Fabiano Cardoso vai na mesma linha. "Como o regulamento do campeonato permite a troca de carro em qualquer etapa da temporada, acaba beneficiando os pilotos que têm condições de fazer isso."

As divergências prometem ter uma boa briga tanto dentro quanto fora das pistas.

Ah, a segunda etapa do campeonato ocorre nesse domingo, em Tarumã.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Eu voltei e agora pra ficar

Porto Alegre (isso me lembra o cachorrinho da Cofap) - E não é que a Iveco voltou à Fórmula Truck. Durante algum tempo a marca continuou, mas sem ser oficial, o que dificultava uma maior competitividade de quem a guiava. Apesar de ter cores da Ferrari, a equipe parecia mais uma Minardi, pois estava sempre lá atrás.

Agora, parece que os diretores viram a importância de inserir uma montadora nos certames. Primeiro, como todo mundo já deve estar cansado de saber, as tecnologias testadas nas pistas são implantadas no carro que tu diriges - porque eu ainda não tirei a carteira de motorista. Ou seja, uma ótima publicidade.

O novo caminhão tem motor de 13,8 litros e recebeu preparação que o faz alcançar a potência de 1.000 cv. O piloto da equipe será Adalberto Jardim, ex-Stock Car e correrá com o número cinco.

domingo, 13 de abril de 2008

Carro novo, corrida nova

Porto Alegre (Além da chuva, muito frio no escritório) - O título era para ser um trocadilho com aquela máxima do "ano novo, vida nova". É babaquinha, mas vem bem a calhar. A Copa Webmotors de Pickup Racing - não tinha um nome mais feio pra uma categoria, não? - abriu a temporada hoje, em Interlagos, São Paulo. Caso algum desavisado não saiba, neste ano a categoria mudou bastante coisa: faz parte do circo da Stock Car e conta com chassi tubular - até ano passado, eram originais de fábrica adaptados pra competição.

E a turma da temporada passada não foi muito bem. O piloto gaúcho Carlos Kray, da CKR Competições disse dias antes da prova que todos estão em fase de adaptação e que a batalha seria difícil porque alguns pilotos vindos da V8 e da Light estão na categoria. E a "professia" se confirmou: Gustavo Sondermann, ex-Light, sobrou na prova e venceu com 4 segundos de diferença para o segundo, Paulo Salustiano - ex-V8. Thiago Riberi completou o pódio, ao chegar em terceiro.

E os gaúchos? Vitor Genz concluiu em quarto, Eduardo Heinen em sétimo, Anderson Toso em décimo, Herberto Heinen em décimo primeiro e Carlos Kray em décimo sexto, ao abandonar a prova na 15ª volta. "Ele (o goiano Rogério Castro) fez a tomada na segunda perna do 'S' do Senna como se eu não tivesse ali. Acabamos nos enroscado e não tinha o que fazer", disse o gaúcho natural de Campo Bom. Rafael Iserhard, que também é gaúcho e eu tinha me esquecido - valeu ao Eduardo Tomedi, do Curva1.com, por ter me lembrado desse detalhe.

Agora resta aos gaúchos se adaptarem mais para não deixarem os pontos escorrerem pelas mãos. A próxima prova é em Minas Gerais, em um autódromo desconhecido por todos, o que promete uma corrida disputada.

Primeira etapa sem muitas emoções

Porto Alegre (Chove chuva, chove sem parar...) - Acaba de acabar - redundância é tão legal - a etapa de abertura da temporada 2008 da Stock Car V8. A vitória ficou com o piloto Marcos Gomes, da equipe Medley/A. Mattheis, que largou na sexta posição.

Gomes, de 23 anos e filho de Paulão Gomes - tetracampeão da categoria - optou por fazer o reabastecimento obrigatório - que, na opinião deste que vos escreve, é uma bobagem total - na última volta permitida e não saiu mais da ponta. O piloto Thiago Camilo, que largou na segunda posição, bem que tentou, mas não conseguiu acompanhar o ritmo do guri e terminou da forma que largou. Cacá Bueno, o bicampeão da categoria, completou o pódio.

A corrida não teve nada demais. Como sempre, só os da ponta apareceram - os de trás, só quando ocorriam pancadas, como Thiago Marques logo na primeira volta e Daniel Serra com Nonô Figueiredo, duas ou três voltas depois. Depois, foi aquela chatice de fila indiana, poucas ultrapassagens na frente... quase uma Fórmula 1.

O pole-position, Ingo Hoffmann, abandonou logo na primeira volta, devido a quebra do diferencial. O gaúcho nascido em Brasília, Juliano Moro, terminou a prova na vigésima posição.

O resultado da primeira etapa é o seguinte:
1º) Marcos Gomes (CA, SP), 25 voltas em 50:59.920 (média de 126.73 km/h)
2º) Thiago Camilo (CA, SP), a 3.259
3º) Cacá Bueno (ML, RJ), a 5.730
4º) Ricardo Mauricio (P3, SP), a 8.436
5º) Antonio Jorge Neto (ML, SP), a 9.798
6º) Atila Abreu (P3, SP), a 11.700
7º) David Muffato (P3, PR), a 14.536
8º) Popó Bueno (CA, RJ), a 14.607
9º) Felipe Maluhy (ML, SP), a 16.971
10º) Hoover Orsi (CA, MS), a 17.897
11º) Pedro Gomes (P3, SP), a 20.715
12º) Alceu Feldmann (CA, PR), a 21.642
13º) Rodrigo Sperafico (ML, PR), a 22.072
14º) Ricardo Zonta (P3, PR), a 27.396
15º) Antonio Pizzonia (P3, AM), a 28.523
16º) Allam Khodair (CA, SP), a 31.906
17º) Andre Bragantini (P3, SP), a 35.522
18º) Ricardo Sperafico (P3, PR), a 37.557
19º) Carlos Alves (ML, SP), a 45.496
20º) Juliano Moro (CA, RS), a 47.683
21º) Lico Kaesemodel (ML, PR), a 1:03.962
22º) Duda Pamplona (ML, RJ), a 1:14.164
23º) Norberto Gresse (P3, SP), a 6 voltas
24º) Guto Negrão (CA, SP), a 13 voltas
25º) Tarso Marques (P3, PR), a 14 voltas
26º) Luciano Burti (P3, SP), a 15 voltas
27º) William Starostik (P3, SP), a 16 voltas
28º) Giuliano Losacco (P3, SP), a 16 voltas
29º) Nonô Figueiredo (ML, SP), a 19 voltas
30º) Valdeno Brito (CA, PB), a 19 voltas
31º) Daniel Serra (CA, SP), a 19 voltas
32º) Thiago Marques (P3, PR), a 23 voltas
33º) Thiago Medeiros (ML, SP), a 23 voltas
34º) Ingo Hoffmann (ML, SP), a 24 voltas

terça-feira, 8 de abril de 2008

Fim-de-semana ruim para Boéssio (de novo)

Porto Alegre (e o sono tá pegando) - O fim-de-semana não foi dos melhores para o gaúcho Régis Boéssio. Pelo menos, desta vez, o único gaúcho na Fórmula Truck conseguiu completar quatro voltas em Goiânia (GO), onde foi realizada a segunda etapa da categoria. Na primeira prova, em Guaporé (aqui mesmo, no RS), Boéssio sequer conseguiu largar.

Desta vez, o problema não foi panca nenhuma nos treinos livres, muito menos na corrida. A quebra de um cano de retorno do óleo lubrificante da turbina, na quarta volta, obrigou o piloto a abandonar a prova, não marcando nenhum nesta temporada.

A boa notícia é que o gaúcho está "mais adaptado" ao caminhão Volvo, podendo marcar alguns pontinhos nesta temporada - que, é bom salientar, recém começou.

Sol e muita disputa na primeira etapa do Gaúcho de Marcas

Porto Alegre (fazendo trabalhos da faculdade) - O Campeonato Gaúcho de Marcas e Pilotos começou bem neste domingo, 6, no Autódromo de Tarumã. As duas baterias foram bastante disputadas. A primeira foi divertida: os pilotos vieram com faca nos dentes e, na Curva do Tala, o que não faltou foram rodadas. A vitória ficou com Luiz Clemente Moroni, campeão de 2007, que conseguiu resistir à pressão dos adversários, que investiam forte contra o Corsa de número 1.

Se a primeira bateria foi boa, com Moroni fazendo a barba - pole-position - e cabelo - vitória -, o bigode ficou a cargo da dupla do piloto de Farroupilha: o taquarense Daniel Seolino. Porém, o que se viu foi completamente o contrário.

Seolino largou na pole e distanciou-se, um pouco, do segundo colocado, Fabiano Cardoso, com o Celta de número 100. Ele vinha tranqüilo até que, a poucas voltas do fim da segunda bateria, uma pane seca atingiu seu carro e ele viu a vitória escapar. A declaração de Cardoso foi, digamos, hilária. "Eu fiquei em segundo rezando para acontecer alguma coisa e Deus me ajudou: o adversário ficou sem combustível e consegui vencer". Será que Fabiano quis dizer que Deus é canoenese?

A vitória, na soma de tempos, ficou com a dupla formada por Fabiano Cardoso/Vinicius Ferlauto - que voltou a correr após cinco anos, terminando a primeira bateria em terceiro. Em segundo lugar ficou a dupla Moroni/Seolino, seguida de Pierre Ventura/João Cardoso Jr., Luiz Carlos Ribeiro, Wilson Pinheiro/Penta Araújo.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Liga a engenhoca, guapo!

Porto Alegre (Feliz porque o TCC tá indo bem) - E te prepara para a peleia braba e de faca - nos dentes, é bom deixar claro. Não estás entendendo nada? Simples. O tio aqui explica. É nesse final de semana que inicia a temporada 2008 do Campeonato Gaúcho de Marcas & Pilotos. E, aos olhos deste que escreve, tem tudo para se consolidar esse ano.

Confesso que, apesar de ser gaúcho e aficionado por automobilismo, nunca o vi com bons olhos. Ano passado, por exemplo, distanciei-me da cobertura esportiva - tanto é que deixei o Curva1.com só com o Eduardo Tomedi - por não acreditar que tínhamos futuro. Pelo visto, (felizmente) enganei-me.

Após a primeira etapa, um outro amigo meu, o Luiz Fernando, fez questão de me falar por msn "perdeste uma baita prova. Quase seis mil pessoas no público, quase chorei". Lógico que não acreditei, mas, ao ler inúmeras notícias, vi que estava, mesmo, perdendo muita coisa.

Uma das minhas maiores críticas com relação ao campeonato mudou logo de cara: não tem mais monomarcas, é tudo multimarcas. Para teres noção, até 2006, eram três títulos em disputa: os da Copa Corsa, da Copa Fiat e da Copa Ford. O problema é que eram grids minguados e todos corriam juntos. Uma confusão só.

E, no início do ano passado, a organização deu a cara a tapa e montou o campeonato Multimarcas, onde todos correm contra todos na disputa por um único título. Os grids tiveram uma média de 30 carros por prova e de cerca de dois mil espectadores - sendo que a maioria das provas foi disputada debaixo de chuva.

Como disse Urbano da Silva, presidente da APPA/RS - entidade que promove o certame - "a categoria teve uma evolução muito grande, pois conseguimos manter um grid com média de 30 carros por prova, quando esperávamos manter 25".

A TRC GNV, antiga TC 1600, acabou não dando certo. Os pilotos que estavam nesse campeonato acabaram migrando para o Gaúcho de Marcas, o que vai possibilitar um grid cheio - pelo menos essa é a expectativa dos organizadores: média de 35 carros por prova. Tanto é que a empresa patrocinadora oficial do evento, a Hoff Pneus, acredita, mesmo, na consolidação do campeonato. "Esse é um ano de consolidação. O evento adquiriu maturidade e deve melhorar ainda mais, com a unificação de todas as categorias de turismo no Estado", foi o que disse Loivo Hoff, diretor comercial da empresa.

E a temporada 2008 começa com novidades. Além do Gaúcho de Marcas, Copa Fusca e Fórmula 1.6, também serão realizadas em conjunto algumas provas do Gaúcho de Endurance, que também contará com o fornecimento de pneus Kumho pela Hoff.

Esse ano resolvi voltar ao automobilismo. Espero que, assim como a minha volta, o esporte a motor gaúcho tenha uma vida longa.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Em busca do tempo perdido

Porto Alegre (Em forma de piadinha de primeiro de abril) - Nesse domingo, 6 de abril, ocorre a segunda etapa da Fórmula Truck, em Goiás. O único gaúcho da competição, Régis Boéssio corre em busca dos (possíveis) pontos perdidos na primeira etapa dessa temporada, ocorrida em Guaporé (RS), no mês passado.

Na etapa gaúcha, Boéssio acabou batendo nos treinos livres, destruindo o caminhão - sendo impossibilitado de competir. O veículo foi todo remontado no Paraná, na oficina de João Maistro. Os pilotos não são companheiros de equipe - Maistro compete pela Clay Truck Racing -, mas os Volvo de ambos são preparados pelo paranaense.

Essa será a primeira prova sem o acompanhamento de Aurélio Batista Félix, o criador da categoria. Será que a categoria continuará com os shows antes das corridas?

domingo, 30 de março de 2008

Do Rio Grande do Sul para a Europa

Porto Alegre (Viva o Ctrl C+Ctrl V) - O passo-fundense Cláudio Ricci é o cara. Uma pessoa simples, que atende bem os jornalistas e fãs, mesmo que a corrida seja cheias de problemas. Lembro muito bem de uma corrida dele em 2005, em Tarumã, no Campeonato Brasileiro de Picapes. Ricci estava no pódio quando um problema no seu Chevrolet S10 o fez abandonar a prova realizada em Tarumã. Minha mãe foi lá conhecê-lo e, mesmo decepcionado com o resultado, a recebeu de braços abertos e tirou uma foto com a véia.

Teve também as 12 Horas de Tarumã de 2006, quando o seu AS Vectra teve um problema bem no final da prova - e, de novo, tratou muito bem à todos, enquanto a gente vê muito pilotinho de bosta querendo pagar de estrela.

Esses pequenos relatos mostram o caráter do Ricci, que teve várias conquistas no automobilismo brasileiro, principalmente nos protótipos. Campeão de Picapes em 2006, ano passado deu um passo além: competiu no Brasileiro de GT3, com uma Ferrari. Acreditou em uma categoria que estava iniciando aqui nas terras tupiniquins e já colhe frutos. O gaúcho está na França, fazendo testes para a FIA GT e já foi convidado para participar da primeira prova do Campeonato Italiano, na lendária pista de Monza, pela equipe Kessel Racing.

Nada mais a desejar além do que ele sempre conseguiu: sucesso.

Final surpreendente nas 500 Milhas do Velopark

Porto Alegre (A corrida acabou às 11 horas, mas só escrevi o texto agora, nove horas depois) - Imagina a seguinte situação: estás lá, com teu kartzinho na frente de uma corrida que dura mais de 10 horas e meia, uns oito segundos de diferença para o seu adversário mais próximo. Legal, não? Deves ficar com aquele pensamento "Vou entrar para a história do kartódromo por fazer parte da equipe vencedora da primeira prova de 500 milhas".

Agora, bota tua imaginação para funcionar outra vez: é a última volta. Lideraste, por baixo, 90 minutos consecutivos nesta parte final, e, a poucas curvas para receberes a bandeira quadriculada e entrares para os anais da prova, a roda traseira esquerda solta-se – bobalhona ela, né? -, teu veículo roda e não tem mais como se locomover. O que farias? Provavelmente ficarias te perguntando "que diabos aconteceu?". Isso é o que eu faria. E pode ter sido isso que Rafael Daniel, piloto que estava nessa situação, guiando o kart de número 00 da Metalmoro, deve ter pensado.

Algumas pessoas ficaram tristes com a situação enquanto outras - não só membros da equipe vencedora – felizões com o resultado. Os papos que rolaram foram em torno de "quem tem topete muito alto, às vezes, merece tê-lo cortado para aprender a ser mais humilde". Mas é como diz a velha máxima do automobilismo mundial: carreras son carreras, e não se fala mais nisso.

Os vitoriosos foram os componentes da equipe Bremil, que durante toda a prova ficaram entre os cinco primeiros e foram contemplados com a vitória na categoria Sprinter – a principal, com karts de 13hp com livre preparação -, que caiu no colo. Na categoria Master, para veículos de 13hp sem preparação, a vitória ficou com a equipe uruguaia Barbarita Racing Team. Sim, essa mesma, que teve um piloto envolvido em um grave acidente.

Confira o resultado final da prova:

1) Bremil Newspeed Waechter, 529 voltas;
2) Metalmoro, 528;
3) Nitrogenius, 528;
4) MG Pneus, 527;
5) MV Loctite Racing 2, 521;
6) Targh 400 01, 520;
7) MV Loctite Racing 01, 516;
8) Mega Kart, 515;
9) Aller & Cerve, 514;
10) Bom de Braço, 510;
11) Barbarita Racing Team (MASTER), 502;
12) Metalmoro 02, 501;
13) Curitiba Racing, 501;
14) Auto Racing, 499;
15) Kart Shop Racing, (MASTER) 498;
16) Bremil Newspeed Waechter (MASTER), 497;
17) Planet 400, 496;
18) Mecanica Guimer (MASTER), 495;
19) Sapiranga Racing (MASTER), 494;
20) WAF Racing (MASTER), 493;
21) Scuderia Pretto, 493;
22) Becker (MASTER), 490;
23) Galgo Racing (MASTER), 489;
24) Londrina Kart (MASTER), 488;
25) Papa Léguas (MASTER), 485;
26)Aço Kraft Cardihn (MASTER), 484;
27) Curitiba Kart (MASTER),469;
28) COHEN (MASTER), 447;
29) De Moraes Fornare Casanova, 427;
30) Targh 400 02, 304

Acidente grave nas 500 Milhas

Nova Santa Rita (Quebrado, com sono, mas na ativa) - Acaba de ocorrer um acidente grave nas 500 milhas de kart do Velopark. Após quase três horas de prova, um dos pilotos da equipe Barbarita Racing Team, do Uruguai, rodou no S após a reta principal. Nisso, um adversário bateu de frente com o kart do uruguaio, que capotou. Os pilotos vêm com tanta velocidade que outro adversário não conseguiu desviar e acabou acertando o piloto de leve.

O uruguaio está sendo atendido no posto médico, mas passa bem. Tanto é que ele só se deitou porque todo mundo pediu para que fizesse isso, senão, era bem capaz de ter colocado o kart de volta para a pista. Ok, exagerei, mas seria legal - ainda mais se ganhasse.

sábado, 29 de março de 2008

Inaugurado kartódromo do Velopark


Nova Santa Rita (Todo quebrado por causa da corrida de kart) - Vinte e nove de março. Faça o favor de marcar no teu calendariozinho essa data. Por quê? Ora, simplesmente porque é uma data história. “Mas o que tem de tão histórica nesse dia, tio?”, pergunta o Joãozinho – sempre ele – lá no fundo da sala. Simples, minha criatura leiga: neste dia foi inaugurado o Kartódromo do Velopark.

Não sabe do que falo? Então o tio aqui explica: o kartódromo é apenas uma parte do Complexo Automobilístico construído na cidade de Nova Santa Rita, aqui nas terrinhas gaúchas. São duas pistas – uma especial para competição e outra para aluguel de karts – construídas. O detalhe está na junção. Quando as duas pistas são ligadas – sim, isso é bem possível – compõem uma pista, digamos, grande pra caramba. São cerca de 2,5 quilômetros de traçado, o que o torna um dos maiores do mundo.

Essa estrutura permite o Velopark sediar, sem maiores problemas, campeonatos internacionais, como o Mundial de Kart. Não foi à toa que o presidente da Comissão Nacional de Kart (CNK), ligada à Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), concedeu a homologação na categoria A, no início desse ano. Pedro Sereno de Mattos, o nome da autoridade em questão, destacou que “esse fato é relevante para o Brasil, pois, antes do Velopark, nós não poderíamos pleitear isso”.

E como toda boa inauguração, não poderia faltar show de velocidade. A categoria primeira das duas baterias programadas, com a vitória de Bruno dos Santos.

Mas nem só de novatos vive o esporte a motor. Pilotos lendários, como Sérgio Pegoraro, Paulo Hoerlle e os Antônio e Neco Fornari – filhos de Breno Fornari, vencedor das duas primeiras edições da Mil Milhas de Interlagos -, compõem o plantel de pessoas importantíssimas para o desenvolvimento do automobilismo gaúcho. Sem querer ser chato, mas já sendo, juntos, os 71 pilotos lendários têm cerca de mil anos. É muita história para contar, não?

A partir da meia-noite será realizada as 500 Milhas de kart, com duração prevista de 10 horas.

AutoRS aprova a pista

“Olha a pretensão desse blogalista” provavelmente estará a dizer. Ou, então, “quem esse cara pensa que é?”. Mas, sim, eu aprovei essa pista. Não apenas “aprovei”, como provei - basta ver o sorrisão bonito na foto que ilustra esse post. Prova disso está na prova especial para os membros da imprensa, da qual fiz parte. Conquistei a décima (e péssima) sétima colocação no grid e a mantive na prova – mesmo, no início, estando entre os dez primeiros nas primeiras voltas, após uma largada, digamos, sensacional da minha parte -, mas isso é discussão para outro post.

Arrancada

Caso a pequena criatura não saiba, o Velopark também tem uma pista de arrancada, com base nas estruturas norte-americanas, onde essa categoria é, digamos, tradicional. A inauguração está prevista para o dia 26 de abril deste ano. Então, já marca na tua agenda, pequena criatura.

domingo, 23 de março de 2008

Final de semana mais ou menos para brasileiros

Porto Alegre (Findi mais tedioso que a noite) - E quem pensava que o final de semana seria bom para os brasileiros, em virtude da pole-position do Massa, se deu mal. O piloto da Ferrari abandonou logo na 31ª volta após perder o controle do carro, rodar, e atolar na brita. Com o resultado, o brasileiro continua sem pontuar na temporada - e, com isso, vê, cada vez mais distante, a chance de ser o primeiro piloto na temporada.

Não que sirva de consolo, mas Rubens Barrichello não foi bem novamente. O carro todo mundo sabe que não é dos melhores, mas o brasileiro com maior número de corridas disputadas na categoria máxima do automobilismo mundial continua dando suas erradinhas. Dessa vez, abusou da velocidade nos boxes e teve de cumprir um Drive-Through. O pior é que não pode nem culpar que não tinha como controlar, pois, pelo que sei, no voltante tem um botãozinho que limita a velocidade no pit-lane. Será que não viu o botãozinho?

O que se deu bem foi Nelsinho Piquet. Em sua segunda corrida na Fórmula 1, viu a bandeira quadriculada pela primeira vez. Não marcou pontos, mas encerrou uma corrida. Na décima primeira posição. Ou seja, foi o melhor brasileiro na Malásia.

Raikkonen vence corrida sem graça


Porto Alegre (Após uma madrugada tediosa) - O finlandês Kimi Raikkonen venceu a segunda etapa da temporada 2008, realizada na Malásia. A corrida foi sem graça. Não só pela falta de batidas, mas também pela falta de emoção. Apenas algumas rodadas e nada demais - para nós, pois os pilotos que rodaram, lógico, ficaram pês da vida.

Um deles foi o brasileiro Felipe Massa. Depois de largar na pole-position, não conseguiu se distanciar do seu companheiro na Ferrari e perdeu o primeiro lugar após o primeiro pit-stop, na 17ª volta. Treze voltas depois, Massa rodou. E atolou. E abandonou mais uma. E não marcou pontos - em nenhuma das duas corridas.

Destaque da prova para a BMW, que conseguiu colocar o Robert Kubica - que, segundo o Galvão Bueno, prefere ser chamado de "Kubitza". O companheiro de Lewis Hamilton, Heikki Kovalainen, chegou em terceiro.

Com o resultado, o inglês mantém-se na ponta, com 14 pontos, seguido de Raikkonen, com 11. Nick Heidfeld - óia a BMW aí gente - está empatado com o finlandês, na terceira posição.

domingo, 16 de março de 2008

Um viva à "Fórmula 1 mais humana"

Porto Alegre (No trabalho, sofrendo com o calor) - Um viva, só? Não! Vamos dar três vivas ao que Felipe Massa chamou de "Fórmula 1 mais humana", segundo Galvão Bueno falou durante umas quatro ou cinco vezes durante a transmissão da categoria nessa madrugada. Para os meus leitores imaginários que ainda não entenderam, o brasileiro da Ferrari disse isso após a FIA proibir o uso do controle de tração nesta temporada. O resultado? Lógico: um festival de pancadaria.

Ao contrário das demais corridas - principalmente as do ano passado -, nessa eu não dormi. Consegui ficar até o final de olhos abertos, mesmo com o Lewis Hamilton, da McLaren, dar uma lavada na prova, fazendo a barba e o cabelo, pois o bigode ficou com o finlandês também da equipe britânica, Heikki Kovalainen - que concluiu a prova na quinta posição. O segundo foi Nick Heidfeld, da BMW, e o terceiro Nico Rosberg, da Williams.

Muitas ultrapassagen, muitas barbeiragens, muitos safety-car - três, ao todo - e muitas, mas muitas, lambanças. A primeira veio de Massa. Na segunda perna da primeira curva na primeira volta - ou seja, logo após a largada - não conseguiu segurar o carro e bateu de leve na mureta de proteção. Com o erro, caiu da quarta para a décima sétima e última posição após trocar o bico.

Entretanto, após uma tentativa de recuperação, Massa e David Coulthard, da Red Bull, enroscaram-se, quando o escocês fechou o brasileiro. O terceiro colocado no ano passado abandonou a prova algumas voltas depois. A Ferrari alegou um "problema no motor". O campeão Kimi Raikkonen também fez lambanças e abandonou a três voltas do fim, com problemas no carro.

Nelsinho Piquet também fez uma corrida apagada. Largou na penúltima posição devido a problemas no câmbio. Na prova, apesar de uma boa largada, não conseguiu manter o ritmo e, aos poucos, perdeu posições. Abandonou a prova na mesma hora que Massa, com o problema advinha no quê? Uma chance, pois já foi dito aí no parágrafo anterior.

Quem desencantou foi Rubens Barrichello, da Honda. Quando todos imaginavam que ele seria o único a não fazer nada de útil, mostrou que a idade - também conhecida como "experiência" - faz a diferença. Não cometeu erros com a falta de controle de tração e terminaria em uma ótima sexta posição com um carro horrível.

O uso do termo "terminaria" está correto, porque uma falha de Ross Brawn acabou com tudo. No último safety-car, Barrichello foi chamado aos boxes quando não podia, atropelou o cara do reabastecimento - o mecânico do pirulito disse para o brasileiro arrancar quando não devia - e, ainda por cima, saiu dos boxes com a luz vermelha acesa. Terminou em sexto, mas não pontuou. E essa é a décima oitava corrida de Barrichello sem pontuar.

O destaque da prova vai para Sebastien Bourdais, que chegou a ficar em quarto quando o motor Ferrari de seu Toro Rosso estourou. Terminou em oitavo, marcando um pontinho em sua estréia. Esse aí vai dar trabalho.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Os 70 anos de Pedro Carneiro Pereira

Porto Alegre (No trabalho, aproveitando o tempo livre) - Setenta anos. Esta seria a idade que Pedro Carneiro Pereira teria completado ontem, 11 de março, caso estivesse vivo. Não fosse sua morte precoce, em 21 de outubro de 1973, em uma corrida de Opalas no Autódromo Internacional de Tarumã, poderíamos, ainda, estar ouvindo sua voz nos jogos de futebol - principalmente os do Grêmio.

Pedro Carneiro Pereira era apaixonado por futebol. Também exerceu a profissão de advogado, jornalista e publicitário - praticamente um faz tudo. Mas, como bem disse Lasier Martins no livro Pedro Carneiro Pereira, O narrador de emoções, de autoria de Leandro Martins, "era nas pistas que estava o seu coração".

E era mesmo. Afinal, não é para qualquer um, além das profissões supracitadas, exercer a função de presidente do Automóvel Clube do Rio Grande do Sul por duas temporadas e, ainda por cima, ser um dos entusiastas que motivou a construção do Autódromo Internacional de Tarumã - complexo automobilístico responsável pelo desenvolvimento do esporte a motor no Estado.

A única certeza que temos nessa vida é a morte. Porém, não sabemos quando isso ocorrerá. Pedrinho não sabia, porém, morreu na primavera fazendo o que mais amava: correndo.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Morre um homem de visão

Porto Alegre (Em casa, em cima da cama. Nada como um note) - Aurélio Batista Félix não está mais entre nós. O criador da Fórmula Truck morreu nessa terça-feira, 5, após sofrer três enfartes. Aurélio tinha apenas 49 anos.

Uma pena. Apesar de eu não ser muito fã da categoria, não é possível negar que ele desempenhou um trabalho digno de aplauso. Pegou os veículos peso-pesados e transformou-os em belas máquinas de competição. Para algumas pessoas, o espetáculo está nas batidas. Para outras, na velocidade dos caminhões, superiores à 240 km/h em uma reta. E têm aqueles que vão mais para ver o show dos caminhões em seus famosos zerinhos sobre o eixo - além da bomba que estoura no caminhão principal.

Não sei dizer se esses últimos irão ou não mais aos autódromos em dia de categoria. Não sabe-se se alguém continuará o show. Espero que, que for o substituto - se tiver um -, seja pelo menos 10% do que o Aurélio era: eficiente.

Minhas sinceras condolências à família e à categoria. Mas, como diz aquele ditado: "a vida continua".

terça-feira, 4 de março de 2008

Beto leva caneco em Guaporé

Porto Alegre (Em casa, em cima da cama, porque recém acordei) - Deu-se no domingo, 02 de fevereiro. O local? A cidade de Guaporé, na Serra gaúcha. A categoria? Simples: os peso-pesados do automobilismo gaúcho. Não entendeste? Então, repito: os pesos-pesados do automobilismo gaúcho.

O pernambucano Beto Monteiro venceu a primeira etapa da temporada de 2008 da Fórmula Truck - entendeste, agora, o trocadilho com o "peso-pesado"? A bordo de um Scania - até ano passado corria de Ford -, o piloto venceu após usar uma tática arriscada: pneu de chuva durante a prova.

A estratégia baseou-se no tempo do final de semana. Um chove-pára sem dó, o que fez muitos pilotos optarem por seco e amargarem perda de posições no final da prova, como Wellington Cirino, que liderou por boa parte.

Duas equipes que começam com a letra mais bonita do alfabeto dominaram o pódio. Beto Monteiro, da Roberval Motorsports, o primeiro. Em segundo, veio Valmir Benavides, da RM Competições, seguido de Roberval Andrade, da Roberval Motorsports. Renato Martins e a sua esposa-piloto-mamãe, ambos da RM Motorsports, chegaram logo atrás, em quarto e quinta, respectivamente.

sábado, 1 de março de 2008

Velopark vem aí. Lalá, lalalalá


Porto Alegre (em cima da cama) - Parece mentira, mas não é.

O Velopark, um dos maiores complexos automobilísticos da América Latina, será inaugurado. O evento ocorre nos dias 29, 30 e 31 de março. Ou seja, é logo ali.

Para a inauguração, a direção do autódromo - Felipe Johannpeter e Johnny Bonilla - vai realizar diversas provas. Entre elas, as 500 milhas de kart e um evento à imprensa.

Há exatos três meses - mais precisamente no dia 1º de novembro de 2007 - escrevi um texto sobre a audácia desses dois apaixonados por automobilismo para o site Curva1, mantido pelo meu amigo e companheiro de corridas Eduardo Tomedi. Tomo a liberdade de transcrever a matéria aqui:


Audácia motiva construção do Velopark
Audácia. O dicionário Houaiss define este termo como “tendência que dirige e incita o indivíduo a, temerariamente, realizar ações difíceis, desprezando obstáculos e situações de perigo; ousadia, intrepidez, denodo”. Para o Aurélio, “impulso de ânimo que leva a cometer atos arrojados ou difíceis”, ou seja, “ousadia, coragem e valor”. Independente de qual estudioso da língua portuguesa utilizares, uma coisa é certa: esta característica se aplica a Felipe Johannpeter, Johnny Bonilla e Sério Cirne Lima. Quem são? Os empreendedores que idealizaram e estão pondo em prática a construção daquele que pode ser considerado o maior complexo automobilístico da América Latina.

Velopark. Este é o nome dado ao complexo automobilístico que conta com 130 hectares de área, sendo 70 de área construída. Exemplificando nas medidas do esporte mais popular do Brasil, o futebol, é o equivalente a 68 campos de futebol.

A idéia surgiu há cinco anos e há quatro está em obra. “Sentimos a necessidade de um espaço amplo, moderno e atraente para pilotos, equipes e amantes do automobilismo”, ressalta Felipe. Duzentas e cinqüenta pessoas trabalham na construção de três pistas de kart – uma para competição, uma para aluguel e uma para crianças -, uma mista e uma oficial de arrancada – 402 metros de extensão.

O complexo tem 150 boxes para quatro carros cada, 29 prédios e prédio VIP. Para acomodar os jornalistas que desempenham um trabalho, até certo ponto, heróico na divulgação do esporte no país do futebol uma surpresa: a sala de imprensa é quase idêntica à utilizada nas 500 milhas de Indianápolis – com pisos nas cores de uma bandeira quadriculada, quatro telas planas para vídeo e uma ampla mesa para os vencedores das provas. A palavra “quase” é utilizada devido a um pequeno detalhe: a do Velopark é maior que a da tradicional pista americana.

Público


Um dos grandes problemas que os aficionados por automobilismo encontram nos autódromos é a acomodação. Parece que, com o Velopark, isso mudará. “A nossa preocupação prioritária foi com o público, porque, para os pilotos, nós sabemos exatamente do que eles precisam”, afirma Felipe. Para tanto, estão sendo construídos dez quiosques de alimentação, além de mini-shopping, churrasqueiras e um estacionamento para cerca de 5,5 mil carros e 456 motos.

Arrancada

O livro “Automobilismo Gaúcho – Levantando Poeira”, de Gilberto Menegaz, traz um dado curioso: a primeira prova automobilística no Rio Grande do Sul é datada de 15 de novembro de 1926. E não foi em circuito fechado. A prova “Quilômetro Lançado” - na qual os pilotos embalavam seus carros por 600 metros para, depois, percorrer um quilômetro cronometrado -, pode ser considerada a precursora da Arrancada.

Apesar desta história, esta modalidade não é tradicional nem no Estado nem no Brasil. Apaixonado por arrancadas, Felipe Johannpeter decidiu investir no desenvolvimento desta. O projeto da pista, a ser inaugurada em abril de 2008, seguiu todas as normas da National Hot Road Association – considerada a maior liga de arrancadas dos Estados Unidos. Serão 402 metros de extensão, que proporcionarão ao público – com arquibancadas para 30 mil espectadores - a adrenalina de ver os famosos dragsters percorrerem o traçado a cerca de 300km/h e frearem com a abertura de pára-quedas.

Alejandro Sanchez, argentino de nascimento que compete nos campeonatos brasileiros de arrancada, aprova o projeto. “É um grande marco para a história da categoria. Espero que, a partir deste projeto, mais pistas nasçam e ajudam a desenvolver e a desmarginalizar este esporte”, concluiu.

Para tanto, Felipe adquiriu 12 dragsters da equipe Snake Racing: oito para competições, dois para locação e dois para aulas. “A arrancada tem mercado e pode avançar no Brasil”, advertiu Sérgio Cirne Lima. Os empreendedores também garantiram a vinda de equipes americanas que prepararão os carros, a fim de deixá-los o mais parecido possível.

Tradição

A tradição gaúcha é de corridas em circuitos mistos. Em 13 de maio de 1927 ocorreu a primeira prova, onde oito pilotos percorreram os 37km da “pista” formada por ruas dos bairros Cristal, Teresópolis, Passo da Cavalhada, Vila Nova, Belém Velho, Passo do Salso, Passo da Capivara, Pedra Redonda, Tristeza, voltando para o Cristal, todos na zona sul de Porto Alegre. A partir de 1970, com a inauguração de Tarumã, os circuitos de rua foram abolidos, mas o esporte, como pode-se ver, não. Além do circuito localizado em Viamão, nasceram Guaporé e, recentemente, Santa Cruz do Sul.

A idéia inicial era construir um circuito oval, mas os idealizadores viram que esta é uma tradição norte-americana. “Ainda não é hora de criar um oval, pois é necessário muito investimento e carros especialmente desenvolvidos para este tipo de circuito”, declarou Johnny Bonilla. Segundo o administrador do Kartódromo de Tarumã, a possibilidade não está descartada. “Construiremos um traçado misto, respeitando a topografia do terreno, e baseado no segredo dos Estados Unidos: os carros passando muitas vezes perto do público”, afirmou, acrescentando: “teremos um anel externo que tornará essa interação entre público e pilotos possível”.

Kart

O kartismo brasileiro não foi esquecido. Apesar de a prática contar com gastos astronômicos – cerca de R$ 20 mil por final de semana de prova -, continua sendo a categoria-escola brasileira. Sem esquecer da importância da modalidade, três pistas estão sendo construídas no complexo.

A idéia é a seguinte: ao mesmo tempo em que ocorre uma prova oficial, os amadores poderão participar de provas ao mesmo tempo – através do aluguel de karts. Mas engana-se quem pensa que é apenas isso. As duas pistas podem ser fundidas, formando um traçado de 2,5 km de extensão – o maior do mundo – e podendo realizar provas internacionais, como o Pan-Americano e o Mundial de Kart.

Empreendimento Familiar

Apesar de ter o nome da Família Johannpeter, o Velopark não tem investimento da empresa Gerdau. Claus Johannpetter, pai de Felipe, deixou isto bem claro durante a apresentação para a imprensa, realizada no centro automobilístico. “Este é um empreendimento familiar, é uma idéia do Felipe”, revelou.

Foram investidos, até o momento, R$ 20 milhões, sendo que mais R$ 10 milhões estão previstos para a segunda etapa: a conclusão da obra.

Inauguração

O tamanho assusta: 68 campos de futebol. Mas quem pensa que a inauguração demorará, engana-se. A inauguração está prevista para fevereiro de 2008, com a abertura da pista de aluguel de kart. Em março será a vez do traçado profissional, com a realização de um evento de 500 Milhas, parecido com o realizado no kartódromo da Granja Viana, em São Paulo.

Os pilotos de arrancada terão a sensação de percorrer um traçado específico para a modalidade a partir de abril do próximo ano, quando será mostrado aos gaúchos a potência dos dragsters. O circuito misto está previsto para inaugurar em 2009.


Agora é esperar e deliciar-se com o que o complexo esportivo promete para nós, apaixonados por automobilismo.